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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Saúde Sistêmica

Além do impacto que a perda dentária exerce na qualidade de vida de uma pessoa, comprometendo aspectos como aparência, interações sociais e o prazer da alimentação, existe também a real preocupação de que a nutrição saudável seja negativamente influenciada pela falta de dentes, principalmente em idosos.
A função mastigatória depende do estado da dentição e, como a perda dentária diminui a capacidade de mastigação, podem ocorrer alterações desfavoráveis na escolha de alimentos e na ingestão de nutrientes.
Os maus hábitos alimentares resultantes mostraram estar envolvidos na causa de problemas sistêmicos, associações entre dieta e doenças foram observadas.
Demonstrou-se que uma dieta rica em gorduras e colesterol aumenta o risco de doença cardiovascular, enquanto uma dieta pobre em fibras, frutas, vegetais pode causar aumento do risco de câncer.
Os estudos fornecem evidências de que a ingestão de nutrientes está associada com o estado dentário.
Além disso, muitos alimentos evitados pelas pessoas com dentição insatisfatória protegem o organismo contra doenças como isquemia cerebral, síndrome metabólica e doença cardiovascular.
Portanto, é importantíssimo o cuidado com a higiene bucal e dieta.

Assistência odontológica geriátrica

Programas preventivos individuais eficazes dependem da educação do paciente para realizar uma boa higiene bucal e check-ups odontológicos frequentes.
Entretanto, apesar dos esforços ao longo dos anos dos serviços odontológicos, ainda existe uma distância entre os serviços oferecidos e os usados, principalmente para idosos.
Um estudo realizado no Reino Unido em 1998 verificou que apenas 60% dos adultos com mais de 75 anos de idade disseram fazer check-ups, deixando os outros 40% em risco de problemas de saúde bucal não tratados, podendo piorar e prejudicar a saúde geral.
Barreiras que impedem os idosos de buscar tratamento odontológico incluem custo, medo, debilidade física e falta de percepção da necessidade de tratamento.
Um estudo de Glasgow, Escócia, observou que quando pacientes idosos eram encaminhados por um profissional de saúde da família, estimulando visitas regulares ao dentista, a frequencia odontológica melhorava significativamente.
Para os pacientes idosos, a integração dos serviços médicos e odontológicos é muito importante para a prevenção e exigirá a colaboração de dentistas, médicos geriatras e clínicos gerais.

Uso de implantes

Nos últimos anos os avanços nas técnicas cirúrgicas e protéticas tornaram os implantes dentários mais confiáveis e duráveis, no entanto, a satisfação dos pacientes com a substituição dentária tornou-se um desafio.
O papel inicial do clínico é avaliar a história médica e odontológica do paciente, discutir as opções terapêuticas disponíveis em termos de viabilidade, função, estética e custo.
Também desenvolve o plano de tratamento, avalia cuidadosamente os tecidos moles e duros dos sítios dos implantes nas três dimensões, prepara um modelo de diagnóstico montado em articulador e um enceramento de estudo.
As estruturas ósseas são avaliadas por palpação em combinação com os exames radiográficos.
O conjunto de elementos diagnósticos pode ajudar a determinar a extensão exata do enxerto de tecido mole e duro (quando necessário) e pode ser usado para criar um guia cirúrgico que ajuda no posicionamento correto do implante.
O número de implantes necessários depende de quantos dentes adjacentes estão ausentes.
Coroas ou próteses retidas por parafusos são recomendadas quando o risco de recessão gengival é alto.
Próteses retidas por cimento são preferidas com coroas curtas.
As overdentures (próteses sobre implantes) removíveis, são retidas por dois implantes e suportadas por tecido mucoso. Já pacientes que não suportam a pressão sobre esses tecidos requerem overdentures que sejam suportadas exclusivamente por implantes conectados por uma barra rígida.
Convencionalmente, a prótese é colocada sobre o implante depois de um período de cicatrização de três a seis meses.
Procure se informar a respeito.