segunda-feira, 23 de maio de 2016

Diabetes e doença periodontal

A forma mais grave da doença gengival no diabético é a periodontite. Nesse estágio, o tecido gengival começa a se afastar dos dentes, surgindo espaços entre dentes e gengiva, os quais são preenchidos por bactérias e pus. Caso a doença progrida, a infecção pode destruir o osso ao redor do dente, aumentando a mobilidade e talvez a extração seja necessária. Pesquisas mostram que aproximadamente 75% dos portadores de diabetes apresentam algum grau de doença periodontal. A OMS apresenta a doença periodontal como a 6a complicação do diabetes. Outra manifestação do diabetes é a xerostomia, que pode causar aumento de cárie e de infecções fúngicas oportunistas como candidíase. A doença periodontal e o diabetes precisam ser tratadas de forma concomitante, pois se não houver controle glicêmico adequado, a cicatrização dos tecidos após raspagem periodontal não terá eficácia esperada. São doenças silenciosas, sem sintomas dolorosos porém perigosas em longo prazo. Ambas mutilantes, a periodontite leva a perda dental e o diabetes pode levar a cegueira, doenças renais e cardiovasculares e amputação de membros. Pacientes com glicemia abaixo de 70 (hipoglicemia) ou acima de 300 (cetoacidose) não devem passar por procedimentos odontológicos e serem encaminhados ao médico responsável. Para periodontia, ideal prescrever antibioticoterapia profilática antes da consulta.

Efeito da diabestes na saúde bucal

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da ausência de insulina e /ou da incapacidade da insulina desempenhar sua função causando aumento da glicose no sangue. O pâncreas não é capaz de produzir hormônio em quantidade suficiente. Os sintomas clássicos são: excesso de sede (polidipsia), de urina (poliúria) e de apetite (polifagia), porém mais da metade das pessoas não apresentam os sintomas típicos da doença. 
As manifestações orais podem ser mais sérias quando se tem a doença, o que inclui cárie dentária, doença gengival, infecção e cicatrização tardia, disfunção da glândula salivar, infecções por fungos e comprometimento do paladar. Os casos de diabetes tipo 2 aumentaram muito nos últimos anos, principalmente devido a alimentação pouco saudável. A organização mundial da saúde estima que em 2030 o diabetes seja a maior causa de morte no mundo. Atualmente atinge cerca de 62 milhões de pessoas, o que representa uma em cada 12 pessoas. O controle adequado dos níveis glicêmicos é essencial para prevenir complicações bucais.